Papo de mãe: Consumismo infantil

Somos instigados ao consumismo a todo o momento, e precisamos usar o nosso bom senso para descartar da nossa lista de desejos aquilo que não é necessário.

Mas o que dizer das crianças que ainda não possuem discernimento suficiente para entender o significado da publicidade especializada em influenciá-las? Publicidade que invade as nossas casas sem pedir licença, pois vê em nossos filhos consumidores em potencial.

Porém não precisamos isolá-los em uma redoma para resistir aos impulsos do consumo. O diálogo é fundamental para ensinar a criança, que nem sempre esse consumo trará a felicidade desejada.

Mas, infelizmente, vemos pais colaborando para esse consumismo desfreado, adquirindo os produtos sem necessidade real, perdendo oportunidades de ensinarem seus filhos valores que levarão para o resto de suas vidas.
Isso porque o consumo exagerado torna os seres insatisfeitos, angustiados, obcecados pelo ganho de dinheiro achando que só serão felizes tendo seus objetos de desejo, além, é claro, de promover o endividamento que só nos traz mais angústias e infelicidade. 

Vale lembrar que a criança não nasce consumista, ela simplesmente vai adquirindo hábitos através das informações obtidas pela mídia e acatada pela família. 

Portanto, no dia das crianças, onde a mídia publicitária se torna ainda mais intensa, que tal aproveitar a oportunidade para ensinar seu filho a dar valor a aquele presente que ele tanto quer? Uma dica é pedir para ele escolher um brinquedo para doar para alguma creche ou instituição em troca do presente que ele quer ganhar; ensinando, assim, o sentimento do desapego e da caridade. 

Lembre-se: a criança não sabe o que é melhor para ela, portanto cabe a nós, pais, ensiná-los a serem cidadãos conscientes e, conseqüentemente, mais felizes. E as melhores coisas da vida não são necessariamente "coisas"!

Beijim